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     CLaCS não é um sinônimo para Laser transdérmico. É, na verdade, uma Sigla em inglês para Cryo Laser e Cryo Sclerotherapy, ou seja, refere-se ao sinergismo entre o Laser transdérmico e a escleroterapia química, ambos associados ao resfriamento com ar gelado. Preferimos o termo sinergismo e não combinação porque espera-se um resultado melhor que ambos tratamentos realizados separadamente (1+1= "3").  

     Dentro da Clínica Narumi e na Clínica Miyake o CLaCS é feito dentro de um protocolo bem definido, reprodutível e balizado mais pela segurança do que pelo resultado imediato.

     Tão importante quanto a técnica em si é a trabalhosa propedêutica flebológica que antecede o procedimento. Anamnese cuidadosa, exame físico minucioso e o uso da realidade aumentada fazem parte da etapa inicial que sempre é seguida da avaliação com o Ultrassom doppler. Essa ferramenta nos permitem enxergar além do limite superficial da própria realidade aumentada, e, na minha opinião, de longe o instrumento mais importante para a flebologia atual.

     Finalizado a etapa diagnóstica, utilizamos o Score 9-1 para organizar as informações e estabelecer a conduta:

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     Essa matriz de 3 linhas e 3 colunas, estratifica as lesões e não os pacientes em 9 classes, sendo que o aumento dos números representa a progressão da complexidade e o tratamento proporciona a diminuição deles. Na coluna da direita temos ausência de telangiectasia, coluna do meio telangiectasias sem evidência de veia nutrícia e coluna da esquerda temos telangiectasias com presença de veias nutrícias. Já a linha de baixo representa ausência de varizes, a linha central presença de varizes e a superior a presença de refluxo troncular. Habitualmente, a divisão entre a coluna da direita e linha inferior é feita pela dermatoscopia. A divisão entre a coluna da esquerda é realizada principalmente com o apoio da realidade aumentada e da linha superior com o USG doppler.

   Para pacientes com Score entre 2 e 6 via de regra temos a indicação do CLaCS; usamos laser transdérmico Neo de Yag 1064nm com pulso longo, parâmetros conservadores, tudo guiado pela Realidade Aumentada e com o resfriamento com ar gelado. O raciocínio por trás desse setting é otimizar o resultado da nossa escleroterapia e não a ablação em si. Nas primeiras sessões o foco é o tratamento das nutrícias mas tratamos as telangiectasias simultaneamente.

     Procuramos segmentar o tratamento aproximadamente pela área iluminada, diminuindo o intervalo entre os disparos do laser e a punção. Usamos sempre glicose 75% como agente escleroterápico inicial. Procuramos exercer a menor pressão na agulha capaz de vencer a resistência do vaso. A quantidade de glicose injetada é a mínima possível e sempre interrompemos a injeção ao menor sinal de clareamento anelar da região. Pequenos extravasamentos subdérmicos não são encorajados, mas quando ocorrem, não nos causam preocupação.

     É esperado a formação de discretas ou as vezes moderadas equimoses nos trajetos do tratamento das veias nutrícias.  Por isso, quando a paciente pretende usar saia, vestido ou maio sugerimos realizar sessões com intervalo maior do que 3 semanas para o evento. Já o intervalo recomendado para tratar a mesma área é de 5 semanas.

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